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O discurso de guerra do Nobel da Paz
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11122009
O discurso de guerra do Nobel da Paz
De manhã, o Presidente Barack Obama recebeu o prémio da Paz em Oslo com um discurso em que defendeu a sua recente decisão de enviar mais tropas para a guerra no Afeganistão - única forma, sublinhou, de garantir a paz. À tarde, coube aos vencedores do prémio da Economia, Literatura, Medicina, Física e Química receberem o prémio em Estocolmo.
Foi um Obama sorridente que entrou na Câmara Municipal de Oslo para receber o Nobel da Paz. Apesar do passo firme, o Presidente dos EUA sabia que entre os milhões de pessoas que assistiam à cerimónia em todo o mundo através da televisão havia muitos cépticos. A começar pelos americanos - afinal dois em cada três acham que Obama não merece este prémio, que se revelou quase como um embaraço para um presidente cuja popularidade baixou para perto dos 50%. Talvez por isso, o chefe do Estado americano não tenha hesitado em enfrentar a controvérsia e em começar o discurso a explicar que a polémica em torno da escolha do Comité Nobel se deve ao facto de estar "a começar e não no fim" da sua tarefa.
Depois de afirmar a sua "profunda gratidão e humildade" pelo prémio que lhe atribuíram, Obama não se esquivou ao assunto que estava na mente de todos: a guerra. Diante de mil pessoas, entre as quais se destacavam os reis Harald e Sonja, bem como os príncipes herdeiros Haakon e Mette-Marit, o Presidente passou os restantes minutos de uma intervenção que durou 36 a explicar porque o Nobel da Paz chegou a Oslo como um presidente de guerra. Poucos dias depois de anunciar o envio de mais 30 mil soldados para o Afeganistão, o Comandante Supremo dos EUA garantiu: "Dizer que a guerra é por vezes necessária não é apelar ao cinismo, é reconhecer as imperfeições do Homem e os limites da razão".
Distinguido pelos "esforços extraordinários para o reforço da diplomacia internacional e a cooperação entre os povos", Obama admitiu que, comparado com figuras como o líder dos direitos civis Martin Luther King ou o militante anti-apartheid Nelson Mandela os seus feitos são "magros". Inspirado pelas palavras de King, que em 1964 afirmou naquela mesma sala "a violência nunca traz a paz permanente", Obama explicou que o exemplo do líder negro assassinado em 1968 não pode ser a única linha de conduta de um chefe do Estado.
Enquanto líder de um país envolvido em duas guerras - Iraque e Afeganistão -, Obama lembrou que não pode "ficar parado perante as ameaças que pesam sobre o povo americano". Defendendo o conceito de "guerra justa", o Presidente recordou que a não-violência não teria travado os exércitos de Hitler ou convencido a Al-Qaeda a entregar as armas.
Numa sala em que não faltaram actores como Will Smith ou cantores como Wyclef Jean, Obama marcou ainda a diferença que o separa do seu antecessor, George W. Bush, ao lembrar como proibiu o recurso à tortura e ordenou o encerramento de Guantánamo. Sublinhando que a guerra não deve fazer uma nação sacrificar os seus ideais, o Presidente americano mostrou-se favorável às sanções e à pressão internacional como alternativas à violência. E, em dia de aniversário da morte, em 1986, de Alfred Nobel, o criador dos prémios com o seu nome, não deixou de criticar nações como o Irão ou a Coreia do Norte por representarem uma ameaça para um mundo que procura a não proliferação nuclear.
Antes ainda do discurso de Obama, o presidente do Comité Nobel, Thorjoern Jagland, garantira que "a História está cheia de ocasiões perdidas. É hoje que temos a oportunidade de apoiar as ideias do Presidente Obama", respondeu o norueguês aos que acusam o Comité de escolher um Nobel prematuro. E no final da cerimónia, foi o secretário do Comité, Geir Lundestad, quem considerou a lição de guerra e paz dada por Obama "totalmente aceitável" e sublinhou a coragem do vencedor deste ano do Nobel da Paz para abordar questões difíceis.
No exterior da Câmara Municipal, era uma Oslo em alerta máximo que esperava Obama. Os 2500 polícias destacados para garantir que a visita do Presidente americano não seria ofuscada pelos protestos fizeram parte da maior operação de segurança na capital norueguesa. Mas os protestos mantiveram-se pacíficos, com alguns manifestantes a empunhar cartazes onde se lia "Ganhaste o Nobel, agora faz por merecê-lo!"
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1444264&seccao=Europa
Foi um Obama sorridente que entrou na Câmara Municipal de Oslo para receber o Nobel da Paz. Apesar do passo firme, o Presidente dos EUA sabia que entre os milhões de pessoas que assistiam à cerimónia em todo o mundo através da televisão havia muitos cépticos. A começar pelos americanos - afinal dois em cada três acham que Obama não merece este prémio, que se revelou quase como um embaraço para um presidente cuja popularidade baixou para perto dos 50%. Talvez por isso, o chefe do Estado americano não tenha hesitado em enfrentar a controvérsia e em começar o discurso a explicar que a polémica em torno da escolha do Comité Nobel se deve ao facto de estar "a começar e não no fim" da sua tarefa.
Depois de afirmar a sua "profunda gratidão e humildade" pelo prémio que lhe atribuíram, Obama não se esquivou ao assunto que estava na mente de todos: a guerra. Diante de mil pessoas, entre as quais se destacavam os reis Harald e Sonja, bem como os príncipes herdeiros Haakon e Mette-Marit, o Presidente passou os restantes minutos de uma intervenção que durou 36 a explicar porque o Nobel da Paz chegou a Oslo como um presidente de guerra. Poucos dias depois de anunciar o envio de mais 30 mil soldados para o Afeganistão, o Comandante Supremo dos EUA garantiu: "Dizer que a guerra é por vezes necessária não é apelar ao cinismo, é reconhecer as imperfeições do Homem e os limites da razão".
Distinguido pelos "esforços extraordinários para o reforço da diplomacia internacional e a cooperação entre os povos", Obama admitiu que, comparado com figuras como o líder dos direitos civis Martin Luther King ou o militante anti-apartheid Nelson Mandela os seus feitos são "magros". Inspirado pelas palavras de King, que em 1964 afirmou naquela mesma sala "a violência nunca traz a paz permanente", Obama explicou que o exemplo do líder negro assassinado em 1968 não pode ser a única linha de conduta de um chefe do Estado.
Enquanto líder de um país envolvido em duas guerras - Iraque e Afeganistão -, Obama lembrou que não pode "ficar parado perante as ameaças que pesam sobre o povo americano". Defendendo o conceito de "guerra justa", o Presidente recordou que a não-violência não teria travado os exércitos de Hitler ou convencido a Al-Qaeda a entregar as armas.
Numa sala em que não faltaram actores como Will Smith ou cantores como Wyclef Jean, Obama marcou ainda a diferença que o separa do seu antecessor, George W. Bush, ao lembrar como proibiu o recurso à tortura e ordenou o encerramento de Guantánamo. Sublinhando que a guerra não deve fazer uma nação sacrificar os seus ideais, o Presidente americano mostrou-se favorável às sanções e à pressão internacional como alternativas à violência. E, em dia de aniversário da morte, em 1986, de Alfred Nobel, o criador dos prémios com o seu nome, não deixou de criticar nações como o Irão ou a Coreia do Norte por representarem uma ameaça para um mundo que procura a não proliferação nuclear.
Antes ainda do discurso de Obama, o presidente do Comité Nobel, Thorjoern Jagland, garantira que "a História está cheia de ocasiões perdidas. É hoje que temos a oportunidade de apoiar as ideias do Presidente Obama", respondeu o norueguês aos que acusam o Comité de escolher um Nobel prematuro. E no final da cerimónia, foi o secretário do Comité, Geir Lundestad, quem considerou a lição de guerra e paz dada por Obama "totalmente aceitável" e sublinhou a coragem do vencedor deste ano do Nobel da Paz para abordar questões difíceis.
No exterior da Câmara Municipal, era uma Oslo em alerta máximo que esperava Obama. Os 2500 polícias destacados para garantir que a visita do Presidente americano não seria ofuscada pelos protestos fizeram parte da maior operação de segurança na capital norueguesa. Mas os protestos mantiveram-se pacíficos, com alguns manifestantes a empunhar cartazes onde se lia "Ganhaste o Nobel, agora faz por merecê-lo!"
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1444264&seccao=Europa
BTBRAVO- 2º COMANDANTE
- PAÍS :
MENSAGENS : 6247
LOCALIZAÇÃO : Lisboa
EMPREGO : BRIGADA DE TRÂNSITO
INSCRIÇÃO : 05/02/2009
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