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Vítima de bala perdida da PSP reclama 70 mil euros ao Estado
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27092009
Vítima de bala perdida da PSP reclama 70 mil euros ao Estado
Vítima de bala perdida da PSP reclama 70 mil euros ao Estado
Ana Maria Cardoso não recebeu indemnização desde que foi alvejada, em Junho de 2007.
foto Malacó/Arquivo JN
Vítima de bala perdida da PSP reclama 70 mil euros ao Estado
Ana Maria quando estava no hospital
Em 2007, foi alvejada acidentalmente pela PSP durante uma perseguição, no Porto. Passar no local errado à hora errada custou-lhe uma bala no joelho. Ana Maria Cardoso nunca foi indemnizada. Agora, exige 70 mil euros.
A vida da empregada doméstica, hoje com 57 anos, não voltou a ser a mesma, desde que foi vítima do ricochete de uma bala disparada por um dos polícias que seguiam, de carro, no encalço de um condutor, na Rua do Campo Lindo. "Ainda ando em consultas no Hospital de S. João. Estou privada de fazer certas coisas, como dobrar o joelho, pousá-lo no chão ou subir a um banco. E sinto muitas dores, principalmente quando faço esforços", contou Ana Maria, ao JN, sublinhando que aquelas limitações a impedem de trabalhar na profissão que exercia anteriormente.
Nos mais de dois anos passados desde o incidente (manhã de 26 de Junho de 2007), a vítima não recebeu qualquer apoio financeiro. "Só fui contactada por uma senhora, que já nem me lembro de quem era, que só me disse que o hospital tinha apresentado a conta", explicou. Entretanto, foi arquivado o processo-crime contra o agente que efectuou o disparo (ler caixa).
Como a situação não conheceu mais desenvolvimentos, Ana Maria Cardoso interpôs, há dias, no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, uma acção contra o Estado e contra o autor do disparo. "Não houve qualquer tentativa extrajudicial para discutir o problema", realçou o advogado da lesada, Alexandre Aranha.
O documento sublinha as sequelas que a empregada doméstica ainda enfrenta no dia-a-dia, entre as quais a "incapacidade para o trabalho habitual" e as dificuldades de locomoção. Ao nível dos danos morais, é destacada a "angústia quanto ao futuro profissional", pelo facto de Ana não poder desempenhar tarefas como aspirar, limpar o pó, passar a ferro ou limpar vidros. No total, é reclamada uma indemnização de quase 70 mil euros, por danos patrimoniais e não patrimoniais.
"Passei pelo que passei e continuo a não estar bem. Alguém tem que se responsabilizar pelo que me aconteceu", frisou Ana Maria Cardoso, viúva e de parcos recursos. Ultimamente, tem feito, apenas, alguns "biscates" de limpeza num restaurante.
No dia em que foi atingida a tiro, a empregada doméstica circulava na Rua do Campo Lindo, em direcção a um supermercado. "Quando seguia no passeio, apercebi-me de que um carro da Polícia perseguia outro veículo. De repente, senti a bala entrar-me no joelho.
Caí para o lado e desmaiei", revelou, na altura, ao JN.
Polícia disparou para " tentar preservar segurança"
O Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto (DIAP) decidiu, em finais do ano passado, arquivar o processo relativo aos disparos efectuados pelo agente da PSP. Concluiu que o polícia não teve uma conduta errada, uma vez que a sua intenção foi pôr termo à condução perigosa encetada pelo fugitivo - um indivíduo que começou por desrespeitar uma ordem de paragem dada por outro agente, que quase atropelou - e "tentar preservar a segurança dos demais utentes (peões ou condutores)" que, na altura, passavam no local. Por outro lado, o carro-patrulha já tinha, anteriormente, tentado imobilizar a viatura em fuga com "sinais sonoros e luminosos". O polícia declarou que efectuou dois disparos com o objectivo de atingir os pneus traseiros do outro veículo, que, ao ser perseguido, ignorou sinais vermelhos de semáforos e passadeiras. Entretanto, o fugitivo, que acabaria detido, apresentou queixa contra os agentes, por alegadas agressões, mas o DIAP também se decidiu pelo arquivamento.
Ana Maria Cardoso não recebeu indemnização desde que foi alvejada, em Junho de 2007.
foto Malacó/Arquivo JN
Vítima de bala perdida da PSP reclama 70 mil euros ao Estado
Ana Maria quando estava no hospital
Em 2007, foi alvejada acidentalmente pela PSP durante uma perseguição, no Porto. Passar no local errado à hora errada custou-lhe uma bala no joelho. Ana Maria Cardoso nunca foi indemnizada. Agora, exige 70 mil euros.
A vida da empregada doméstica, hoje com 57 anos, não voltou a ser a mesma, desde que foi vítima do ricochete de uma bala disparada por um dos polícias que seguiam, de carro, no encalço de um condutor, na Rua do Campo Lindo. "Ainda ando em consultas no Hospital de S. João. Estou privada de fazer certas coisas, como dobrar o joelho, pousá-lo no chão ou subir a um banco. E sinto muitas dores, principalmente quando faço esforços", contou Ana Maria, ao JN, sublinhando que aquelas limitações a impedem de trabalhar na profissão que exercia anteriormente.
Nos mais de dois anos passados desde o incidente (manhã de 26 de Junho de 2007), a vítima não recebeu qualquer apoio financeiro. "Só fui contactada por uma senhora, que já nem me lembro de quem era, que só me disse que o hospital tinha apresentado a conta", explicou. Entretanto, foi arquivado o processo-crime contra o agente que efectuou o disparo (ler caixa).
Como a situação não conheceu mais desenvolvimentos, Ana Maria Cardoso interpôs, há dias, no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, uma acção contra o Estado e contra o autor do disparo. "Não houve qualquer tentativa extrajudicial para discutir o problema", realçou o advogado da lesada, Alexandre Aranha.
O documento sublinha as sequelas que a empregada doméstica ainda enfrenta no dia-a-dia, entre as quais a "incapacidade para o trabalho habitual" e as dificuldades de locomoção. Ao nível dos danos morais, é destacada a "angústia quanto ao futuro profissional", pelo facto de Ana não poder desempenhar tarefas como aspirar, limpar o pó, passar a ferro ou limpar vidros. No total, é reclamada uma indemnização de quase 70 mil euros, por danos patrimoniais e não patrimoniais.
"Passei pelo que passei e continuo a não estar bem. Alguém tem que se responsabilizar pelo que me aconteceu", frisou Ana Maria Cardoso, viúva e de parcos recursos. Ultimamente, tem feito, apenas, alguns "biscates" de limpeza num restaurante.
No dia em que foi atingida a tiro, a empregada doméstica circulava na Rua do Campo Lindo, em direcção a um supermercado. "Quando seguia no passeio, apercebi-me de que um carro da Polícia perseguia outro veículo. De repente, senti a bala entrar-me no joelho.
Caí para o lado e desmaiei", revelou, na altura, ao JN.
Polícia disparou para " tentar preservar segurança"
O Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto (DIAP) decidiu, em finais do ano passado, arquivar o processo relativo aos disparos efectuados pelo agente da PSP. Concluiu que o polícia não teve uma conduta errada, uma vez que a sua intenção foi pôr termo à condução perigosa encetada pelo fugitivo - um indivíduo que começou por desrespeitar uma ordem de paragem dada por outro agente, que quase atropelou - e "tentar preservar a segurança dos demais utentes (peões ou condutores)" que, na altura, passavam no local. Por outro lado, o carro-patrulha já tinha, anteriormente, tentado imobilizar a viatura em fuga com "sinais sonoros e luminosos". O polícia declarou que efectuou dois disparos com o objectivo de atingir os pneus traseiros do outro veículo, que, ao ser perseguido, ignorou sinais vermelhos de semáforos e passadeiras. Entretanto, o fugitivo, que acabaria detido, apresentou queixa contra os agentes, por alegadas agressões, mas o DIAP também se decidiu pelo arquivamento.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1373454
BTBRAVO- 2º COMANDANTE
- PAÍS :
MENSAGENS : 6247
LOCALIZAÇÃO : Lisboa
EMPREGO : BRIGADA DE TRÂNSITO
INSCRIÇÃO : 05/02/2009
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