Lei orgânica da Administração Interna refere que polícia vai ser «objecto de reestruturação»

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF considerou hoje que a reestruturação prevista para este serviço de segurança deverá ser pontual, tendo em conta a sua importância no plano da segurança interna, noticia a Lusa.

A Lei Orgânica do Ministério da Administração Interna (MAI), hoje publicada em Diário da República, refere que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) vai ser «objecto de reestruturação», mas não adianta quais as mudanças.

«As alterações serão sempre pontuais e não estruturais», disse à agência Lusa o presidente do sindicato, Acácio Pereira, adiantando que há necessidade de fazer alguns ajustamentos, mas não grandes mudanças.

Segundo o sindicalista, a reestruturação do SEF dever focar-se na sistematização da lei orgânica do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e dar valor à questão da segurança e do actual momento que atravessamos, que é «delicado» em termos de criminalidade.

Para o presidente do sindicato, o ministro da Administração Interna deve «estar atento» à importância que o SEF assume no contexto da segurança interna e na defesa das fronteiras portuguesas.

Acácio Pereira relembrou que o SEF «é uma das polícias de elite da Europa e tem sido responsável por alguns dos principais sucessos da administração interna portuguesa», nomeadamente passaportes electrónicos, além de utilizar processos com tecnologia de ponta.

«Os profissionais do SEF farão sempre parte da solução e nunca do problema. Estão muito atentos ao momento actual, que internacionalmente coloca grandes desafios à segurança nacional», disse.

No próximo dia 4 de Janeiro, o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF tem agendada uma reunião com o secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D`Ávila, e em cima da mesa deverá estar a proposta de alteração à Lei Orgânica deste serviço de segurança.