TRÂNSITO
Top dos mais postadores
BTBRAVO | ||||
COMANDANTE GERAL | ||||
solamente | ||||
MAKARIO | ||||
Gambuzino | ||||
BRIOSA BT | ||||
micro_fz | ||||
Duro | ||||
RICKY4969 | ||||
Bravo Tango |
DAR O EXEMPLO
Página 1 de 1
06052012
DAR O EXEMPLO
DAR O EXEMPLO
Dizem que o poder corrompe. Não sei. Mas há tiques transversais a todas as formas de poder, e a quase todos os que o conquistam. Com a importância dos primeiros a variar na razão directa da dimensão das segundas. O desprezo pela lei é um deles. Nomeadamente quando um “poderoso” não hesita em relativizar as normas em função das suas conveniências, crente de possuir um estatuto de excepção que não o obriga a cumprir regras que são básicas para todos os comuns mortais.
O automóvel não é excepção – bem pelo contrário! É uma aberração que, diariamente, viaturas oficiais atropelem as mais elementares normas do Código da Estrada sem sequer se preocuparem em dissimulá-lo! Constantemente se vê veículos afectos ao corpo diplomático, aos diversos serviços do Estado ou às várias forças de segurança desrespeitar semáforos vermelhos, ou “abandonados” onde mais jeito der aos seus condutores (em plena via, a bloquear uma garagem, etc.), como se estes estivessem dispensados de procurar um lugar de estacionamento, como qualquer comum mortal, enquanto realizam as suas tarefas - decerto imprescindíveis para os maiores desígnios nacionais (boa parte das vezes, uma ida aos correios, a uma dependência bancária, a um… café!).
Pior ainda, o desrespeito pelos limites de velocidade, esse “flagelo” (a fazer fé nas palavras de quem tem por obrigação perceber destas coisas) que tanto mata em Portugal: normalmente justificado por questões de “agenda”, quando na origem de situações mais problemáticas (uma fiscalização que chegou a conhecimento público; um acidente), as consequências costumam recair, não sobre aqueles a quem a infracção aproveita, mas sobre os que se limitam a cumprir ordens. Foi assim com o motorista que conduzia o Secretário-geral do Gabinete de Segurança Interna que teve um brutal acidente na Av. da Liberdade, em Lisboa; foi assim com o motorista do falecido ex-presidente do Tribunal Constitucional, controlado a 200 km/h na A2; dificilmente assim não será com o motorista do ex-Presidente da República Mário Soares, controlado a 199 km/h na A8 (a afirmação da douta figura aos militares da GNR, de que o Estado é que pagaria à multa, diz tudo do quanto certas pessoas se consideram acima da lei…).
Temo também venha a ser assim se algo semelhante ocorrer com outros altos dignatários da nação. Todavia, foi com espanto que, recentemente, vi a comitiva oficial da principal figura do Estado (pessoa que se anuncia sempre ponderada, sóbria e comedida em todos os seus actos, públicos como privados) atravessar uma das principais artérias da capital, à hora de ponta, a mais de 120 km/h reais, com os batedores a invadirem a faixa contrária para que tal fosse possível, e deixando estupefactos, quando não aterrados, a maioria dos condutores que com ela se cruzaram. Sei que estas deslocações envolvem questões de segurança e, mesmo, protocolares, mas também tenho a certeza que, na maioria das situações, não justificam pôr em risco a vida dos agentes e dos cidadãos. E como o exemplo vem sempre de cima…
António de Sousa Pereira
http://www.automotor.xl.pt/Not%C3%ADcias/DetalheNoticia/tabid/118/itemId/11529/Default.aspx
Dizem que o poder corrompe. Não sei. Mas há tiques transversais a todas as formas de poder, e a quase todos os que o conquistam. Com a importância dos primeiros a variar na razão directa da dimensão das segundas. O desprezo pela lei é um deles. Nomeadamente quando um “poderoso” não hesita em relativizar as normas em função das suas conveniências, crente de possuir um estatuto de excepção que não o obriga a cumprir regras que são básicas para todos os comuns mortais.
O automóvel não é excepção – bem pelo contrário! É uma aberração que, diariamente, viaturas oficiais atropelem as mais elementares normas do Código da Estrada sem sequer se preocuparem em dissimulá-lo! Constantemente se vê veículos afectos ao corpo diplomático, aos diversos serviços do Estado ou às várias forças de segurança desrespeitar semáforos vermelhos, ou “abandonados” onde mais jeito der aos seus condutores (em plena via, a bloquear uma garagem, etc.), como se estes estivessem dispensados de procurar um lugar de estacionamento, como qualquer comum mortal, enquanto realizam as suas tarefas - decerto imprescindíveis para os maiores desígnios nacionais (boa parte das vezes, uma ida aos correios, a uma dependência bancária, a um… café!).
Pior ainda, o desrespeito pelos limites de velocidade, esse “flagelo” (a fazer fé nas palavras de quem tem por obrigação perceber destas coisas) que tanto mata em Portugal: normalmente justificado por questões de “agenda”, quando na origem de situações mais problemáticas (uma fiscalização que chegou a conhecimento público; um acidente), as consequências costumam recair, não sobre aqueles a quem a infracção aproveita, mas sobre os que se limitam a cumprir ordens. Foi assim com o motorista que conduzia o Secretário-geral do Gabinete de Segurança Interna que teve um brutal acidente na Av. da Liberdade, em Lisboa; foi assim com o motorista do falecido ex-presidente do Tribunal Constitucional, controlado a 200 km/h na A2; dificilmente assim não será com o motorista do ex-Presidente da República Mário Soares, controlado a 199 km/h na A8 (a afirmação da douta figura aos militares da GNR, de que o Estado é que pagaria à multa, diz tudo do quanto certas pessoas se consideram acima da lei…).
Temo também venha a ser assim se algo semelhante ocorrer com outros altos dignatários da nação. Todavia, foi com espanto que, recentemente, vi a comitiva oficial da principal figura do Estado (pessoa que se anuncia sempre ponderada, sóbria e comedida em todos os seus actos, públicos como privados) atravessar uma das principais artérias da capital, à hora de ponta, a mais de 120 km/h reais, com os batedores a invadirem a faixa contrária para que tal fosse possível, e deixando estupefactos, quando não aterrados, a maioria dos condutores que com ela se cruzaram. Sei que estas deslocações envolvem questões de segurança e, mesmo, protocolares, mas também tenho a certeza que, na maioria das situações, não justificam pôr em risco a vida dos agentes e dos cidadãos. E como o exemplo vem sempre de cima…
António de Sousa Pereira
http://www.automotor.xl.pt/Not%C3%ADcias/DetalheNoticia/tabid/118/itemId/11529/Default.aspx
BTBRAVO- 2º COMANDANTE
- PAÍS :
MENSAGENS : 6247
LOCALIZAÇÃO : Lisboa
EMPREGO : BRIGADA DE TRÂNSITO
INSCRIÇÃO : 05/02/2009
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos