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Minhas reflexões - José Alho
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18032012
Minhas reflexões - José Alho
REFLEXÕES DE JOSÉ ALHO
Hoje de manhã, quando tomava o pequeno-almoço na esplanada do café "Luís da Rocha", em Beja, uns pombos começaram a aproximar-se. Algumas migalhas do croissant foram caindo no chão, e outras voaram com o vento. Os pombos começaram a comê-las, e depois eu, condoído, coitados, eram nove da manhã, deviam estar cheios de fome, atirei-lhes um bocado do croissant, e de repente comecei a ter pombos por todo o lado, e alguns começaram a ir para cima da cadeira em frente. Levantei a mão para os afungentar. Não lhes dei mais comida. Mas eles insistiram. Então levantei a cadeira do lado e empunhei-a ligeiramente para cima e para a frente. Depois pousei-a. Os pombos acalmaram. Dez segundos depois, senti uma pequena pancada no cabelo junto às orelhas. Olhei para cima e a dois metros estava um pardal empoleirado num arame de estender roupa - tinha acabado de me cagar mesmo em cheio na cabeça. Este é o perfeito resumo da minha vida.
Agora, olho para trás e não vejo um entusiasmo, um projecto, uma manifestação qualquer desta ânsia de agitação que nasceu comigo, em que não me tenha sentido absolutamente só. Ninguém me entende! O melhor que de mim pensam é que sou um ambicioso banal atormentado por inconfessáveis vaidades. E se neste desentendimento, no qual as minhas qualidades são muito menos perdoadas que os meus defeitos, tenho de viver sempre. Eu não sinto que a vida me possa dar mais nem uma alegria nem uma compensação que me interesse. E, assim, chegado aos 50 anos sem outros horizontes, nem outra paisagem, estou condenado, possivelmente para sempre, a não realizar nunca completamente o menor dos meus desejos. Não faço ideia do rumo em que vou ter nem do destino ao "sabor" do qual sigo. Sei apenas que de momento me sinto absolutamente demolido, sem que haja uma alma que me entenda.
No prédio onde trabalho há um call center - que dizem que é uma secretaria - no primeiro andar, à entrada o chefe fuma cigarros que depois abandona a meio num cinzeiro barra caixote do lixo cinzento e preto, ficando ali os cigarros a morrer, quando um cigarro arde sozinho, sem ninguém que o oriente, chega ao filtro e o filtro arde também.O cheiro de um filtro queimado deverá assemelhar-se às piras funerárias de Varanasi, ou àquele cheiro que havia ali ao pé do Porto Peles - barranco das fossas -, No rés do chão , à entrada do sítio onde trabalho é uma espécie de crematório, os «funcionários», novos , energéticos, robustos e gordos, trabalham sentados e parece chamarem o elevador - que não existe -para descer do primeiro andar para o rés-do-chão, chegam à entrada, puxam de um cadáver e sentam-se outra vez para o fumar nuns murinhos de uns canteiros que existem nas proximidades, enquanto discutem banalidades bélicas.
O que me vai dando algum "alento" é o facto de, a cinquenta metros do local de trabalho, existir um prédio e terraço do mesmo aparecer uma mulher que - nas tardes de calor - varre o chão, vestida apenas com umas cuecas brancas tipo fio dental. É uma típica cena pachorrenta de campo esta de eu a espreitar à janela, e ela de mamas, umas mamas enormes, a dar a dar, ainda assim, dignas de "registo".
É de um homem morrer!!
Hoje de manhã, quando tomava o pequeno-almoço na esplanada do café "Luís da Rocha", em Beja, uns pombos começaram a aproximar-se. Algumas migalhas do croissant foram caindo no chão, e outras voaram com o vento. Os pombos começaram a comê-las, e depois eu, condoído, coitados, eram nove da manhã, deviam estar cheios de fome, atirei-lhes um bocado do croissant, e de repente comecei a ter pombos por todo o lado, e alguns começaram a ir para cima da cadeira em frente. Levantei a mão para os afungentar. Não lhes dei mais comida. Mas eles insistiram. Então levantei a cadeira do lado e empunhei-a ligeiramente para cima e para a frente. Depois pousei-a. Os pombos acalmaram. Dez segundos depois, senti uma pequena pancada no cabelo junto às orelhas. Olhei para cima e a dois metros estava um pardal empoleirado num arame de estender roupa - tinha acabado de me cagar mesmo em cheio na cabeça. Este é o perfeito resumo da minha vida.
Agora, olho para trás e não vejo um entusiasmo, um projecto, uma manifestação qualquer desta ânsia de agitação que nasceu comigo, em que não me tenha sentido absolutamente só. Ninguém me entende! O melhor que de mim pensam é que sou um ambicioso banal atormentado por inconfessáveis vaidades. E se neste desentendimento, no qual as minhas qualidades são muito menos perdoadas que os meus defeitos, tenho de viver sempre. Eu não sinto que a vida me possa dar mais nem uma alegria nem uma compensação que me interesse. E, assim, chegado aos 50 anos sem outros horizontes, nem outra paisagem, estou condenado, possivelmente para sempre, a não realizar nunca completamente o menor dos meus desejos. Não faço ideia do rumo em que vou ter nem do destino ao "sabor" do qual sigo. Sei apenas que de momento me sinto absolutamente demolido, sem que haja uma alma que me entenda.
No prédio onde trabalho há um call center - que dizem que é uma secretaria - no primeiro andar, à entrada o chefe fuma cigarros que depois abandona a meio num cinzeiro barra caixote do lixo cinzento e preto, ficando ali os cigarros a morrer, quando um cigarro arde sozinho, sem ninguém que o oriente, chega ao filtro e o filtro arde também.O cheiro de um filtro queimado deverá assemelhar-se às piras funerárias de Varanasi, ou àquele cheiro que havia ali ao pé do Porto Peles - barranco das fossas -, No rés do chão , à entrada do sítio onde trabalho é uma espécie de crematório, os «funcionários», novos , energéticos, robustos e gordos, trabalham sentados e parece chamarem o elevador - que não existe -para descer do primeiro andar para o rés-do-chão, chegam à entrada, puxam de um cadáver e sentam-se outra vez para o fumar nuns murinhos de uns canteiros que existem nas proximidades, enquanto discutem banalidades bélicas.
O que me vai dando algum "alento" é o facto de, a cinquenta metros do local de trabalho, existir um prédio e terraço do mesmo aparecer uma mulher que - nas tardes de calor - varre o chão, vestida apenas com umas cuecas brancas tipo fio dental. É uma típica cena pachorrenta de campo esta de eu a espreitar à janela, e ela de mamas, umas mamas enormes, a dar a dar, ainda assim, dignas de "registo".
É de um homem morrer!!
alho- 1º SARGENTO
- MENSAGENS : 720
INSCRIÇÃO : 10/02/2009
Minhas reflexões - José Alho :: Comentários
Re: Minhas reflexões - José Alho
Sei que a tua ALMA está triste, como o céu está este fim de semana "escuro, nubio;
Pois com tantas injustiças, quem é que não anda triste?.
Mas como tristezas não pagam dividas e a Primavera é já dia 20 e como tu não és homem para virar a cara à luta vais dar tudo o que tens e que não tens para seguir em frente, lutar pelas tuas convicções e alcançar os teus desejos.
Pois um puro Brigadeiro não desiste, não desanima, luta com todas as suas forças até conseguir a vitória, sempre foi assim contigo e assim vai continuar...
Um grande e forte abraço deste amigo e camarada, que tal como tu, jamais se deixou ou se vai deixar vencer pelas injustiças.
Dos fracos não reza a História.
:>XC*:
Pois com tantas injustiças, quem é que não anda triste?.
Mas como tristezas não pagam dividas e a Primavera é já dia 20 e como tu não és homem para virar a cara à luta vais dar tudo o que tens e que não tens para seguir em frente, lutar pelas tuas convicções e alcançar os teus desejos.
Pois um puro Brigadeiro não desiste, não desanima, luta com todas as suas forças até conseguir a vitória, sempre foi assim contigo e assim vai continuar...
Um grande e forte abraço deste amigo e camarada, que tal como tu, jamais se deixou ou se vai deixar vencer pelas injustiças.
Dos fracos não reza a História.
:>XC*:
Mamas grandes??? cuecas tipo fio dental??? ó chefe....essa ainda não conheço....! lol
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