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(MULTAS) ÉPOCA DE CAÇA...
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05102011
(MULTAS) ÉPOCA DE CAÇA...
ÉPOCA DE CAÇA...
Depois de uma semana de miniférias (para as presas), em virtude da “Semana da Indignação”, eis que reabriu a época da caça. Da caça à multa, entenda-se, que sempre é mais fácil de realizar do que a caça ao coelho ou a qualquer outro animal.
O automobilista é espécie farta, que não corre o risco de ser extinta, embora as medidas do Governo, perdão, da Troika, tentem... E com algum sucesso, acrescente-se: basta ver como as vendas têm caído continuamente desde o início do ano, registando no passado mês de Setembro uma contracção de 34,3% face aos valores de 2010, que já de si não eram os melhores.
Percebo que seja necessário multar os prevaricadores, para que lhes “doa no bolso” e não voltem a pôr em risco a sua vida e a dos outros, mas esta prosa trata da vontade das forças da autoridade de conseguir angariar para o Estado, perdão, para a Troika, mais alguns euros, ao invés de ter um papel pedagógico, como aliás aconteceu durante a “Semana da Indignação”.
Exemplo: 23:45, bairro residencial no centro de Lisboa. Na calada da noite, uma carrinha com oito agentes da PSP parte para a caça. Puxam das suas “armas”, o caderno de multas, e “disparam” em todas as direcções, distribuindo multas a todos os automóveis mal estacionados na praça em que decorria esta operação. A questão que se coloca é a seguinte: porque não foram multados os automóveis estacionados em cima das passadeiras nas ruas adjacentes à praça, a não mais de 25-30 metros de onde os agentes estavam a multar? Terá isso que ver com as zonas delimitadas de caça associativa? Não sei.
E a vontade de conseguir aumentar o número de fiscalizações e, consequentemente, de potenciais multas, lesa muitas vezes a fluidez do trânsito, quando não chega mesmo a perverter a sua ordenação.
Exemplo: junto a uma rotunda, um grupo de agentes procede à fiscalização de vários veículos, mas a estrada tem apenas uma via, o que dificulta a passagem dos que escapam ao controlo e causa uma fila na própria rotunda e nos seus acessos, lançando o caos no trânsito naquela zona da cidade, especialmente por ser ao final da tarde, hora de maior tráfego. Não existirá um local mais apropriado para tal fiscalização? Certamente que sim, mas uma maior concentração de presas garante uma probabilidade maior de sucesso, e isso dita quais as melhores “zonas de caça”.
Mas o exemplo mais gritante, e que certamente frustará os “caçados”, é quando vemos que existe uma dualidade de critérios e nem todos são multados pelas suas infracções.
Exemplo: 09:30, zona de acesso ao centro da cidade de Lisboa. Como de costume, os agentes da autoridade montam a sua armadilha para “caçar” o espécimen mais desejado, o automobilista. Disfarçado, o automóvel que esconde o radar vai dando informações via rádio ao grupo que manda parar os visados. Também como de costume, o trânsito matinal da capital impede que existam muitas presas, excepto as que transitam pela faixa BUS existente no local. A questão que se levanta neste caso é porque é que só os automobilistas apanhados em excesso de velocidade eram multados e não todos os que circulavam na faixa BUS? Teria que ver com o montante a pagar ser mais elevado? Teria que ver com o excesso de veículos a prevaricar? Não sei.
O que sei é que a época de caça está, oficialmente, reaberta e os caçadores estão aí em força, “disparando” sobre tudo e sobre todos, sem qualquer tipo de critério. Por mim, vou comprar o passe... mas guardo o talão, não vá aparecer o “pica”...
José Macário
http://www.automotor.xl.pt/Notícias/DetalheNoticia/tabid/118/itemId/9553/Default.aspx
Depois de uma semana de miniférias (para as presas), em virtude da “Semana da Indignação”, eis que reabriu a época da caça. Da caça à multa, entenda-se, que sempre é mais fácil de realizar do que a caça ao coelho ou a qualquer outro animal.
O automobilista é espécie farta, que não corre o risco de ser extinta, embora as medidas do Governo, perdão, da Troika, tentem... E com algum sucesso, acrescente-se: basta ver como as vendas têm caído continuamente desde o início do ano, registando no passado mês de Setembro uma contracção de 34,3% face aos valores de 2010, que já de si não eram os melhores.
Percebo que seja necessário multar os prevaricadores, para que lhes “doa no bolso” e não voltem a pôr em risco a sua vida e a dos outros, mas esta prosa trata da vontade das forças da autoridade de conseguir angariar para o Estado, perdão, para a Troika, mais alguns euros, ao invés de ter um papel pedagógico, como aliás aconteceu durante a “Semana da Indignação”.
Exemplo: 23:45, bairro residencial no centro de Lisboa. Na calada da noite, uma carrinha com oito agentes da PSP parte para a caça. Puxam das suas “armas”, o caderno de multas, e “disparam” em todas as direcções, distribuindo multas a todos os automóveis mal estacionados na praça em que decorria esta operação. A questão que se coloca é a seguinte: porque não foram multados os automóveis estacionados em cima das passadeiras nas ruas adjacentes à praça, a não mais de 25-30 metros de onde os agentes estavam a multar? Terá isso que ver com as zonas delimitadas de caça associativa? Não sei.
E a vontade de conseguir aumentar o número de fiscalizações e, consequentemente, de potenciais multas, lesa muitas vezes a fluidez do trânsito, quando não chega mesmo a perverter a sua ordenação.
Exemplo: junto a uma rotunda, um grupo de agentes procede à fiscalização de vários veículos, mas a estrada tem apenas uma via, o que dificulta a passagem dos que escapam ao controlo e causa uma fila na própria rotunda e nos seus acessos, lançando o caos no trânsito naquela zona da cidade, especialmente por ser ao final da tarde, hora de maior tráfego. Não existirá um local mais apropriado para tal fiscalização? Certamente que sim, mas uma maior concentração de presas garante uma probabilidade maior de sucesso, e isso dita quais as melhores “zonas de caça”.
Mas o exemplo mais gritante, e que certamente frustará os “caçados”, é quando vemos que existe uma dualidade de critérios e nem todos são multados pelas suas infracções.
Exemplo: 09:30, zona de acesso ao centro da cidade de Lisboa. Como de costume, os agentes da autoridade montam a sua armadilha para “caçar” o espécimen mais desejado, o automobilista. Disfarçado, o automóvel que esconde o radar vai dando informações via rádio ao grupo que manda parar os visados. Também como de costume, o trânsito matinal da capital impede que existam muitas presas, excepto as que transitam pela faixa BUS existente no local. A questão que se levanta neste caso é porque é que só os automobilistas apanhados em excesso de velocidade eram multados e não todos os que circulavam na faixa BUS? Teria que ver com o montante a pagar ser mais elevado? Teria que ver com o excesso de veículos a prevaricar? Não sei.
O que sei é que a época de caça está, oficialmente, reaberta e os caçadores estão aí em força, “disparando” sobre tudo e sobre todos, sem qualquer tipo de critério. Por mim, vou comprar o passe... mas guardo o talão, não vá aparecer o “pica”...
José Macário
http://www.automotor.xl.pt/Notícias/DetalheNoticia/tabid/118/itemId/9553/Default.aspx
BTBRAVO- 2º COMANDANTE
- PAÍS :
MENSAGENS : 6247
LOCALIZAÇÃO : Lisboa
EMPREGO : BRIGADA DE TRÂNSITO
INSCRIÇÃO : 05/02/2009
(MULTAS) ÉPOCA DE CAÇA... :: Comentários
Re: (MULTAS) ÉPOCA DE CAÇA...
INDIGNAÇÕES
O meu colega José Macário já deixou clara, neste espaço, a sua indignação pelo regresso da “época de caça” das forças policiais, depois de uma “semana de indignação”. Pois eu gostaria de levar esta reflexão um pouco mais adiante. O que se passa é que a referida “Semana da Indignação”... indignou-me! Nada me move contra as reivindicações desta classe. Até me parecem razoáveis. O problema é outro: se não houve um aumento de acidentes de trânsito (se houvesse seria ainda mais grave), apesar de estes terem fechado os olhos às multas (excepto às infracções por excesso de velocidade), fazendo com que o Estado perdesse 27% das receitas habituais, tal prova algo que há muito defendo: a maioria das multas rodoviárias não são passadas com o intuito de prevenir acidentes, mas antes com o propósito, de resto assumido em Orçamento de Estado, de angariar receitas. Quantas mais melhor. É só por isso que este “fechar de olhos” é um argumento de peso para pressionar a tutela das polícias.
Quero acreditar que, se os próprios polícias que aderiram a tal indignação acreditassem estar a colocar em perigo os condutores com a sua atitude, não a tomariam. Se achassem que a “atitude pedagógica” usada durante a semana de protesto não era suficiente para cumprir com os propósitos da sua missão, estou convicto de que colocariam os interesses da sociedade acima dos seus próprios. A adesão a esta espécie de “greve de zelo”, de consciência tranquila, mostra que consideram a prevenção uma via segura de actuação.
A questão é quase filosófica, bem sei. Mas o direito à indignação é tão válido como o direito à greve...
Jorge Flores
http://www.automotor.xl.pt/Notícias/DetalheNoticia/tabid/118/itemId/9567/Default.aspx
O meu colega José Macário já deixou clara, neste espaço, a sua indignação pelo regresso da “época de caça” das forças policiais, depois de uma “semana de indignação”. Pois eu gostaria de levar esta reflexão um pouco mais adiante. O que se passa é que a referida “Semana da Indignação”... indignou-me! Nada me move contra as reivindicações desta classe. Até me parecem razoáveis. O problema é outro: se não houve um aumento de acidentes de trânsito (se houvesse seria ainda mais grave), apesar de estes terem fechado os olhos às multas (excepto às infracções por excesso de velocidade), fazendo com que o Estado perdesse 27% das receitas habituais, tal prova algo que há muito defendo: a maioria das multas rodoviárias não são passadas com o intuito de prevenir acidentes, mas antes com o propósito, de resto assumido em Orçamento de Estado, de angariar receitas. Quantas mais melhor. É só por isso que este “fechar de olhos” é um argumento de peso para pressionar a tutela das polícias.
Quero acreditar que, se os próprios polícias que aderiram a tal indignação acreditassem estar a colocar em perigo os condutores com a sua atitude, não a tomariam. Se achassem que a “atitude pedagógica” usada durante a semana de protesto não era suficiente para cumprir com os propósitos da sua missão, estou convicto de que colocariam os interesses da sociedade acima dos seus próprios. A adesão a esta espécie de “greve de zelo”, de consciência tranquila, mostra que consideram a prevenção uma via segura de actuação.
A questão é quase filosófica, bem sei. Mas o direito à indignação é tão válido como o direito à greve...
Jorge Flores
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